O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (14), com os investidores repercutindo a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador subiu 0,43% no segundo trimestre deste ano, o que representa uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre.
Além disso, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus - relatório que reúne as projeções do mercado para a economia brasileira. As expectativas dos economistas consultados para a inflação caíram de 3,88% para 3,86% em 2024, mas se mantiveram em 4,84% para este ano, ainda acima do teto da meta.
O destaque da agenda econômica brasileira hoje é a prévia do PIB, que subiu 0,63% em junho em relação a maio e 2,10% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No entanto, no segundo trimestre de 2023, a prévia do PIB apresentou um avanço de 0,43%, muito abaixo do que foi registrado no primeiro trimestre do ano, um alta de 2,21%. Assim, a expectativa é que a economia brasileira tenha reportado uma forte desaceleração entre abril e junho.
Vale lembrar que, no primeiro trimestre, os números oficiais do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram de uma alta de 1,9% puxada por uma disparada de 21,6% no agronegócio.
O BC também divulgou o Boletim Focus, que trouxe uma leve redução nas projeções para a inflação no ano que vem, mas manteve a previsão de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano a 4,84%.
Se as expectativas se concretizarem, a inflação vai terminar mais um ano acima da meta do BC, de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.
No exterior, os olhos estão voltados para a situação da China, que vem demonstrando uma fraqueza na economia. Mais tarde, o país divulga dados de varejo e indústria, que podem trazer novas sinalizações sobre como anda a atividade.
Informações da mídia internacional dizem que a Country Garden, uma das maiores empresas do ramo imobiliário do país asiático, enfrenta sérios problemas financeiros e está tentando renegociar a data para o pagamento de títulos de dívidas. Isso preocupa os investidores, que temem que a situação de alastre para outras empresas e comprometa a economia.
Nos Estados Unidos, o dia é de agenda vazia, mas o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quarta-feira (16).
